quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Personagem Principal

Uma amiga minha me disse que a maioria das coisas que eu escrevo, a maioria dos desenhos que eu faço, está relacionada ao coração ou o tem como personagem principal. Ela me disse que "eu sou todo coração". Bem, isto não acontece somente com o que escrevo ou desenho: as músicas que eu incluo em minhas apresentações como cantor também tem o coração como tema central - são todas canções românticas.
Eu disse à minha amiga que sou romântico, sim, assumo isto. Porém, gosto muito de tudo que se refere às ciências: astronomia, biologia, química, física, seja qual for. É aí que eu percebo a contradição que alguns cientistas cometem sobre o que eles mesmos descobrem e nos ensinam sobre os principais órgãos que nos mantêm vivos: o coração e o cérebro. 
Eles dizem que somente os românticos - a quem eles acusam de serem "muito sonhadores" - acreditam que os sentimentos mais nobres do ser humano, como por exemplo o amor (seja de que forma for) estão relacionados ao coração. Informam que seus estudos revelam, cada vez mais, que tais sentimentos se manifestam através de uma determinada parte do cérebro.
Isto me faz crer que os próprios cientistas, de certa forma, estão nos dizendo que nós, os românticos, temos razão. Tais manifestações acontecem graças ao cérebro, mas esse órgão só funciona porque constantemente recebe o sangue que o alimenta. Esse sangue, por sua vez, lhe é enviado a partir do coração. Portanto, o amor vem mesmo do coração. E, como o amor é o gerador da melhor forma de energia que nos mantém vivos, o coração não é o personagem principal apenas nos meus desenhos e nos meus escritos ou nas canções que eu canto: ele é o personagem principal do maior e mais belo de todos os romances, escrito, produzido e dirigido por Deus, ao qual nós chamamos de "vida".