terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Amor Segundo Elaine Rowena

Ela me presenteou
com este texto maravilhoso
em meu perfil 
no Facebook.
Convido vocês a lê-lo.










Elaine me surpreende todos os dias, sempre de forma muito gratificante. Hoje ela me presenteou com este texto maravilhoso no meu perfil no Facebook. Segue abaixo.



O Amor 

Ontem, conversando com uma amiga do peito, refletia sobre o que é o amor. É incrível o poder que o ato de amar tem sobre o ser humano. Os sintomas do bom amor são perceptíveis: alegria, bem estar, vontade de cantar no chuveiro, entusiasmo , brilho no olhar, produtividade no trabalho, sonhos... O bom amor é o que cuida, é o que é grato, é o que não descarrega suas misérias no outro ( Padre Fábio de Mello é soberbo em sua dissertação sobre o assunto), é o que não disputa, é o que deixa a alma leve. Os sintomas do mau amor são claros: angústia, dúvidas, auto estima minada, doenças físicas e psíquicas, tristeza, afastamento do que é mais caro e importante... O mau amor é o que humilha, o que, pelas beiradas, por inveja, despeito, imaturidade e, principalmente, complexo de inferioridade, busca destruir o que não pode possuir do outro.
Muitos falam sobre o amor com leviandade, dizem " Eu te Amo" sem propriedade, veracidade e, principalmente, sem responsabilidade. Sim, porque, como dizia Saint- Exupéry, "somos responsáveis por aquilo que cativamos". 
O bom amor exige boa alma. O caráter reflete na qualidade do que podemos doar ao outro. Não se pode dar o que não se tem. Amar é complexo e simples, lúdico e racional, na medida em que precisa ser pensado para não machucar. Dar amor é um ciclo, que pode ser vicioso ou transformador. O ser humano viciado sempre trará, em algum momento, suas mazelas para o quotidiano a dois: ciclos se repetem, e o começo, maravilhoso, se transforma em um filme de terror. O ser humano transformador modifica a rotina do outro de maneira abençoada. 

O sábio Gonzaguinha dizia que "o amor tem feito coisas que até mesmo Deus duvida, já curou desenganados, já fechou tanta ferida...". Isso é lindo. 
O amor saudável não é a muleta do outro, e não se resume a ser cuidado. Amar é ser adulto o suficiente para cuidar da própria vida e não precisar do outro para nada, a não ser para amar. 
Escolham, pensem, pesem e não se deixem levar pelas palavras ao vento. Mesmo que a situação diga o contrário, usem a intuição e principalmente a alma para discernir e separar o joio e o trigo do amor. O universo sempre avisa, nós é que ignoramos os sinais.


Um beijo e amem, amem muito!

Elaine Rowena.

Obs.: para saber mais sobre Elaine Rowena (acreditem, vale a pena conhecê-la bem), leiam aqui:

http://paecc.blogspot.com.br/2013/08/um-fenomeno-chamado-elaine-rowena.html 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

As Duas Faces do Amor

O amor, sendo correspondido, é motivo de muita felicidade para ambas as partes. Não correspondido, dói, magoa, causa tristeza extremamente profunda em quem o sente. Porém, em qualquer das duas situações, sobressai um fato importante: quem o sente ainda é capaz de uma das coisas fundamentais, senão a mais fundamental, para a vida: amar!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Meu é Assim...

O meu é assim...
Às vezes está alegre,
às vezes está triste, 
às vezes sofre, 
às vezes comemora.

Dizem que ele bate a vida inteira,
mas às vezes, mesmo batendo,
ele apanha. 
E, quando ele apanha,
quem sofre sou eu.

Ele tem uma mania incorrigível:
escolher alguém para mim. 
O problema é que ele não se importa 
se o da pessoa que ele escolheu
prefere outra pessoa para ela
ou simplesmente não escolhe ninguém.

Mas ele é o único que eu tenho,
é com ele que eu tenho que viver. 
Enquanto isto ele vai batendo... apanhando...
batendo... apanhando...
batendo... apanhando...
mas eu vou vivendo.

sábado, 19 de março de 2011

Entre o "Ficar" e o "Amar"

Infelizmente muita gente diz que o amor não existe, ou pelo menos não existe mais. Tenho pena de pessoas que pensam assim, pois se dizem que o amor não existe, estão confirmando que não amam nem sequer a si mesmas. Muitos jovens hoje em dia estão trocando o verdadeiro amor pelo ilusório e arriscado hábito de "ficar". Numa festa, rapazes "ficam" com uma, duas, três ou mais moças. E se o rapaz pensa que a moça com quem ele "ficou" fica só com ele, é um pobre idiota. Ela provavelmente dirá a ele que não, mas é claro que ele não o único para ela. E nesse ato de "ficar", não raramente "rola" de tudo, inclusive sexo. Nem sempre usam pelo menos a "camisinha", e mesmo os que a usam correm riscos, pois o preservativo não garante 100 por cento de proteção.  Resultado: gravidez não desejada, abortos arriscados porque as futuras mamães e os futuros papais, neste casos, não passam de uns irresponsáveis. Há o risco de doenças sexualmente transmissíveis, e muito mais.
Além disso, as crianças que nascem de casos assim pagam alto por uma coisa que não é culpa delas: são filhos do desamor, de "casinhos", de meras aventuras, não são filhos vindos do amor verdadeiro.
O amor verdadeiro ainda existe. Eu o sinto, o pratico e certamente não me acho a única pessoa no mundo que pensa e age desta forma. Os "ficam" pensam que estão "curtindo" a vida, quando na verdade a estão jogando fora... e ainda colaboram para o surgimento de outras vidas que não pediram para vir mas sofrem as consequências da irresponsabilidade de seus pais. Aquele que pratica o amor verdadeiro faz o coração da pessoa amada e o seu próprio se tornarem astros luminosos mesmo na noite mais escura. Aqueles que apenas "ficam" ou têm vários "casinhos" se acham conquistadores, pensam que são os tais, mas não passam de meras manchas como tantas outras em corações obscuros, deixam de ser lembranças marcantes nas mentes de quem valha a pena e nunca passam de "apenas mais um" que logo em seguida será trocado por muitos outros. 
O amor é a verdadeira fonte da vida plena. O "ficar" é o ato irresponsável de jogar a própria vida no lixo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que é "Amor Platônico"?

Tanto em espanhol como em português, a palavra "amor" foi mantida tal como em sua forma original no antigo latim, assim como foram mantidos seus vários significados, mas penso que na verdade todos convergem para um só significado (isto é explicado no decorrer do texto). O mesmo acontece em relação às suas variáveis em outros idiomas - como "love" em inglês. Entre os muitos significados a ela relacionados, encontram-se "paixão", "compaixão", "misericórdia", etc.
Considero que estes significados se direcionam para um significado único porque todos se referem a uma relação afetiva, um vínculo emocional entre duas ou mais pessoas, entre pessoas e animais de estimação, ou mesmo de uma pessoa em relação a um objeto - uma camisa, uma blusa, uma fotografia, etc. Este apego a objetos é considerado por muitas pessoas como um exagero, mas na verdade toda pessoa o tem, embora muitas não o percebam ou não queiram admitir que tenham tal sentimento. Na verdade, não se trata do amor ao objeto em si, mas a algo ou à pessoa que o objeto faz lembrar: a camisa do marido que morreu ou do filho que está morando longe, a caneta ou qualquer outro objeto que alguém amado deu como presente, a fotografia de alguém que morreu ou está distante, etc. 
O amor pode se manifestar de forma física, religiosa (por exemplo, o amor a Deus) ou platônica, mas seja como for, é sempre resultante de uma relação muito íntima entre o caráter da pessoa que o sente e as razões que a levam a querer bem e a agir em prol da pessoa, do animal ou do objeto amados. Por ser assim tão diverso, o amor tem muitas definições, sendo difícil - se não for impossível - estabelecer uma como a única correta. A definição tende a ser fortemente um ponto de vista pessoal, resultante da experiência pessoal de quem ama. Mesmo o amor platônico, geralmente considerado como o "amor ideal", sem interesses pessoais, sem cobranças, tem definições pessoais variadas. Muitas pessoas garantem que o sentem enquanto outras dizem que ele não existe. Além disto , embora seja chamado de "platônico" por ser suposta mente baseado em estudos e pensamentos de Platão, muitos posicionamentos de filósofos da atualidade diferem do original do filósofo que viveu na Grécia por volta do século IV a.C. Não poderia ocorrer de forma diferente: seria impossível não haver mudanças de interpretação ao longo de mais de 2.400 anos. 
Platão dizia que o amor verdadeiro considerava o mundo material como algo menos importante do que a "verdade essencial". Mas nem mesmo o próprio Platão tinha uma definição exata para essa "verdade essencial". Ele mesmo a considerava como algo meramente interpretativo: cada pessoa vê como sua "verdade essencial" o que resulta ou resultou do amor que ela sente ou sentiu, vivencia ou vivenciou. Portanto, a interpretação atualmente mais comum do amor platônico, sem cobranças, sem necessidade de práticas sexuais, pode ser um equívoco. Platão não desvinculava o amor da paixão. Para ele, o amor não poderia existir se houvesse paixão, e o sexo e muitas outras coisas materiais seriam essenciais para mantê-lo. Portanto, a meu ver, eis aí a "verdade essencial" à qual o filósofo se referia.
Embora todos os estudos antigos e atuais tendam a comprovar que a definição do amor é uma questão de interpretação pessoal, na sociedade em que vivemos, as variações do amor  - social, paternal, maternal, fraternal, entre pessoas de sexos diferentes ou mesmo o amor homossexual - estão submetidas ao "amor permitido". Não me refiro, aqui, às permissões dadas segundo as regras estabelecidas pela sociedade, mas à permissão dada pela própria pessoa que ama. Neste caso, considero que a permissão se baseia numa reciprocidade que facilite o início e a ampliação das relações afetivas. Assim, parece-me que embora haja regras estabelecidas pela sociedade, a permissão que a pessoa que ama dá a si mesma: você me ama porque você vê em mim um valor que lhe atrai, mas também porque você se permitiu entregar-se a esta atração. Esta é uma liberdade que a pessoa que ama dá a si mesma quando o sentimento preenche a alma e o corpo, seja por um curto ou por um longo tempo. Se for por um período curto, ficam como marcas profundas as lembranças que permanecem mesmo muito tempo depois do fim de uma relação. Neste caso, refiro-me ao que dizia Vinícius de Moraes: "que seja eterno enquanto dure". 


Fontes de pesquisa: 

  1. "Platão" - coleção "Os Pensadores" - editora Nova Fronteira
  2. "Platão" - Enciclopédia Conhecer - Vol. II - editora Abril